quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Meninos: água, fogo e indulto

Como renunciar a essa visão que toma conta de nossos olhos, e passa ao mesmo tempo uma sensação de completa inocência? As curvas que se multiplicam, nuanças da forma complexa e abstratamente concreta. Lindas. As cores completam e aumentam o impacto de forma celestial e cambiante. Genial. Pura e virtuosa, como uma canção que salta dos lábios puros de querubins, a gota do orvalho pela manha. Viril, como a imensidão do mar azul que nos tira o fôlego e nos entorpece por inteiro. Ah, se eu pudesse compreender de onde vêm tais criaturas, e quem sabe, perpetuar essas tão bem traçadas linhas ou reproduzir em larga escala. Diria então que a vida se encontra nelas e entenderia o que um dia se passou na mente de Michelangelo.
A bela capacidade de atrair as atenções não pode ser descrita, apenas comparadas com os milagres da natureza como eles próprios, talvez em forma de música ou de uma bela pintura, mas palavras dificilmente podem descrevê-los, no máximo pincelar uma breve emoção que os olhos transmitem ao coração.

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