sábado, 25 de agosto de 2007

O Fim de férias e a sessão nostalgia


Essa janela está aberta aqui na minha frente tem uns 10 minutos, e eu ainda não sei o que vou escrever. Tenho atualizado pouco isso aqui, e hoje disse par mim mesmo que escreveria nem que fosse na marra.

O pior de tudo é que não é falta de assunto, acho que é falta de palavra mesmo ou de habito, (Tenho estado meio preguiçoso esses dias).
Apresentei Todo, Inteiro, Completo, uma peça maravilhosa, com um elenco e um diretor maravilhosos. A peça fui um secesso - detalhe, peguei o papel em três dias.
recebi mais alguns convites.
Bom, ontem foi o coheça ETPC, apresentação de O Auto da Compadecida, um barato o pessoal. A peça foi uma graça, apesar dos contratempos ( tivemos que substituir um ator às verperas e na 2ª apresentação ontem, o padre quase pegou fogo, literalmente... na hora foi um susto, mas depois eu ria sozinho). Conheci muita gente nessas ferias, muita gente boa.
Por falar nisso, fim de férias agora. Segunda eu retorno às aulas, vai ser bom rever o povo.
O ruim vai ser voltar a acordar cedo, isso nunca me agradou.

Já que toquei nesse assunto,acho importante continuar falando dele.
Por que se criou esse mito de que quem acorda tarde é preguiçoso? E se eu for um escritor e quiser trabalhar durante a madrugada e tiver a necessidade de acordar depois de meio dia?
Sou a favor de quecada um acorde na hora que bem entender.
Minha mãe sempre dia:
_ Acorde para aproveitar o dia.
Ora, não vejo maneira melhor de aproveitar o dia que dormindo um soninho gostoso, mas vá tentar dizer isso par ela.

E pra terminar queria agradecer a todos né, muitas novas amizades que durão por longos tempos. Quando pegar as fotos das peças eu posto aki.

A todos
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim.
=)

terça-feira, 21 de agosto de 2007

A arte é a analise da loucura

Estava minha pessoa revirando os arquivos aqui no pc, e eis que encontro esse texto. Esse foi um trabalho que fiz quando estava na montagem de Romeu e Julieta, com a direção de Bernardo Maurício. Claro que hoje sou um pouco mais crítico, mas vale a pena postar aqui.


Felippe da Silva Terra

Romeu & Julieta – 27/05/06

A arte é a análise da loucura. O homem é a complexidade do amor nascido do ódio. Estamos sempre aprendendo, e quanto mais se aprende mais temos o que aprender. Nosso anseio não termina, nossas dúvidas não terminam, mas aprendemos, um dia aprendemos.

Um dia aprendemos que os amigos existem, mas não é fácil encontrá-los e quando os encontramos não percebemos o verdadeiro valor deles ou percebemos, mas não mostramos. Aprendemos que a família é o primeiro e o último amigo que temos, mas que generalizar é burrice. Ninguém tem a mesma família e família nem sempre é sinônimo de apoio.

Aprende-se que um líder não se faz da noite pro dia, e que isso está muito mais ligado à nossa formação do que com nossa idade. Aprendemos a lidar com as diferenças e que ser diferente não é ser melhor nem pior e que as diferenças é que tornam o homem verdadeiramente interessante. O homem é o único ser pensante, e muita das vezes não pensa no que diz ou no que faz. O homem erra. Mesmo enfrentando inquisição, ditadura, corrupção, um dia se aprende que em cada um de nós existe a escolha de lutar pelos sonhos ou simplesmente aceitar o que é colocado.

A arte é a análise da loucura. O teatro se manifesta em nosso ser de uma maneira devastadora, e nos faz apaixonar por nós mesmos, pelo personagem, pelas coxias e sentir no palco aquilo que não conseguimos sentir em nenhum outro lugar. É uma vontade de ser Romeu, de ser Julieta, de ser Jesus, o diabo a quatro, e o melhor é que não precisamos voltar quinhentos ou dois mil anos para montar o personagem, porque “Romeus”, “Julietas”, “Jesuses” e diabos a quatro existem hoje em dia em qualquer lugar que formos.

No palco se alcança a dignidade que nos é tirada, a alegria que se perde num mundo paranóico e aprendemos que sonhar não é imaginar o impossível, é atuar, é viver, é analisar a loucura e encontrar a arte.