Quando te vi pela primeira vez, lembro como se fosse hoje, notei algo de diferente, algo que logo associei ao mar. No início achei que fosse a imensidão, devastadora como o horizonte que parece nunca se aproximar. Depois comecei a imaginar se não seria o tom misterioso, o elo que ligava você àquele mundão de água. Não, não sabia o que era, por isso apelei e fiz ligações das mais absurdas, te imaginando como uma parte de Atlântida, um tritão ou um tufão.
Como era de se esperar, como o próprio oceano, você me fez aquietar. Acalmei-me e deixei a brisa bater em minha face e, apesar do vai-e-vem da maré, parecíamos um ditongo perfeito.
Tudo parecia tão calmo, sereno, que quando dei por mim e abri meus olhos já estava atracado, perdido na praia, sozinho, espiando de longe sua beleza e suas caricaturas.
Hoje, após todo esse tempo, entendo em que você se assemelha com o mar: como a água que bate insistentemente na encosta rochosa, você vai e vem nos meus pensamentos, nos meus sonhos. Passional. E esse ir e vir não terá fim enquanto eu não resolver estar mais uma vez a bordo dessa viagem à guisa de uma nova aventura.
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3 comentários:
lindo o texto, cheio de entrelinhas,quase uma declaração. Feliz é o "mar" que tem a sorte de ser tão bem descrito. Abraço!
Caralho!
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