quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Falta de ti,falta de um “R”

Quando te vi pela primeira vez, lembro como se fosse hoje, notei algo de diferente, algo que logo associei ao mar. No início achei que fosse a imensidão, devastadora como o horizonte que parece nunca se aproximar. Depois comecei a imaginar se não seria o tom misterioso, o elo que ligava você àquele mundão de água. Não, não sabia o que era, por isso apelei e fiz ligações das mais absurdas, te imaginando como uma parte de Atlântida, um tritão ou um tufão.
Como era de se esperar, como o próprio oceano, você me fez aquietar. Acalmei-me e deixei a brisa bater em minha face e, apesar do vai-e-vem da maré, parecíamos um ditongo perfeito.
Tudo parecia tão calmo, sereno, que quando dei por mim e abri meus olhos já estava atracado, perdido na praia, sozinho, espiando de longe sua beleza e suas caricaturas.
Hoje, após todo esse tempo, entendo em que você se assemelha com o mar: como a água que bate insistentemente na encosta rochosa, você vai e vem nos meus pensamentos, nos meus sonhos. Passional. E esse ir e vir não terá fim enquanto eu não resolver estar mais uma vez a bordo dessa viagem à guisa de uma nova aventura.

3 comentários:

Darlan disse...

lindo o texto, cheio de entrelinhas,quase uma declaração. Feliz é o "mar" que tem a sorte de ser tão bem descrito. Abraço!

Cheshire disse...

Caralho!

Cheshire disse...
Este comentário foi removido pelo autor.