Elas dançam, dançam de acordo com a música que ávida toca. Às vezes é um samba, com suas batidas ritmadas e marcada pelo som das alegrias cotidianas, outras horas, é uma melodia triste e melancólica, e nessa hora uma se apóia na outra. Mutuamente elas vivem, mutuamente elas dançam e mutuamente elas falam deles.
A primeira é forte, se empenha em mostrar seu lado de guerreira, mas guarda no fundo, bem escondidinho, um coração que apanha mais do que bate. E ela ri. Ela ri e diz que sorte no jogo é azar no amor, mal sabe ela que o amor nada mais é que um jogo de cartas marcadas. Ela joga.
A segunda sorri altiva e singela, mostra sua amabilidade e seu jeito de ser nas pequenas linhas de seu rosto. Ela paira no ar como uma pluma leve a oscilar como vento. Ela sobe e acho que está indo em direção ao céu azul ou ao sol que brilha soberano – assim como ela.
A terceira diz que não é ela, diz que espera, mas não sabe o que. Ela é alta e lá de cima deveria ver como as coisas funcionam aqui em baixo. Ela sussurra. Diz que o espera e ele a faz se perder em seus pensamentos, e aí ela chora, não pelos olhos, mas pela alma. Chora e deixa escapar sua fragilidade.
Elas dançam. Elas vivem. Elas jogam e flutuam e choram. Elas amam, pois são mulheres.
Feliz dia das mulheres
Eliane, Patrícia e Mayra
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