domingo, 15 de junho de 2008

Gula

Belzebu


A gula é a fome de nós mesmo, é a fome que sentimos por ser vazios daquilo que queremos, pode até se dizer que é a fome de não se ter fome...

(Breno Cavalcante)


Abra-me
Rasga-te
Pressiona-me contra a parede e limita-me
Luz
Raio de trovão
Vontade descontrolada de controlar o ardor
Mexe-me
Gira-te
Desertado sinto apenas o instinto que me puxa em direção ao centro
Mata-me
Morre-te
Agora como um veneno, corta minha carne, dilacera minha alma
Sinto,
Vejo vindo em minha direção o estupor da fome que fere
Da necessidade que lancina,
Da gula que corrói
Porque não precisamos, apenas queremos ter.

3 comentários:

André Felipe disse...

Perfeito.. como tudo q vc escreve

Darlan disse...

Haja inspiração!!
Lindo mesmo, e intenso...


E quanto aos pecados, quando Deus condenou a Gula, não era bem essa gula... hahahah

Abração, Felippe!
;*

Cláudio José Mendes disse...

ái colééga
fico até sem graça de fazer o comentário
só posso dizer que adorayyy mesmo
nusss, muito fodaaa...eu narro, fica tão legalll, profundo!

bátyy colééga